Método Hipotético-Dedutivo

O Método hipotético-dedutivo consiste na construção de conjecturas (hipóteses) que devem ser submetidas a testes, os mais diversos possíveis, à crítica intersubjetiva, ao controle mútuo pela discussão crítica, à publicidade (sujeitando o assunto a novas críticas) e ao confronto com os fatos, para verificar quais são as hipóteses que persistem como válidas resistindo as tentativas de falseamento, sem o que seriam refutadas. É um método de tentativas e eliminação de erros, que não leva à certeza, pois o conhecimento absolutamente certo e demonstrável não é alcançado.

Estrutura:

  1. Fazer observações

  2. Organizar as observações em hipóteses

  3. Testar essas hipóteses em observações ulteriores

  4. Modificar as hipóteses originais, se assim se fizer necessário.

  5. Fazer previsões baseadas nas hipóteses

  6. Testar conclusões.

Este método foi utilizado por Edward Jenner, para descobrir a vacína contra a varíola.

Podemos dizer que o método hipotético-dedutivo é aquele pelo qual se constrói uma teoria que elabora hipóteses a partir das quais as conclusões obtidas podem ser deduzidas, e através das quais podemos fazer previsões, que podem ser refutadas ou aceitas.

Este método tem suas raízes no pensamento de Descartes, que buscou como já mencionamos estabelecer um método universal com bases na razão e na matemática.

O método hipotético-dedutivo foi consagrado pela filosofia e pela ciência ocidental e fixou-se no cotidiano de muitas pessoas que se dedicam à produção do conhecimento científico.

Por fim, é fundamental destacarmos a figura de Karl Popper, filósofo Austríaco, no século XX, que sofreu influencia do Circulo de Viena, onde esta escola buscou recuperar a discussão do que é científico a partir da linguagem da matemática, dessa forma, utilizando-se da linguagem cartesiana e também melhorando a doutrina positivista.